A Justiça de Belo Horizonte converteu de flagrante para preventiva a prisão do homem suspeito de matar um médico no Centro da capital, com 29 facadas, no último sábado (22). A decisão foi proferida pela juíza Juliana Miranda, nesta segunda-feira (24) e revelada nesta terça-feira (25).
De acordo com o Fórum, a magistrada destacou a gravidade do ocorrido, diante o número de facadas. A juíza também chamou atenção para o fato de o crime ter acontecido na casa da vítima.
Ainda foi observado que, após matar a vítima, o suspeito saiu do local, deixando o médico sem socorro. Também foi destacado que o suspeito tentou se matar e procurou o psiquiatra dele, sendo internado em um hospital.
Os fatores, segundo a juíza, reforçam a necessidade da conversão da prisão “visando garantir a ordem pública”.
Vinícius Soares Garcia foi morto a facadas dentro do apartamento dele, no Centro de Belo Horizonte, no último sábado (22). Ele sofreu 29 perfurações, sendo 10 no peito, uma no rosto, três na mão esquerda, uma na mão direita, seis na cabeça e no pescoço e outras oito nas costas.
O suspeito do crime, de 30 anos, relatou aos policiais que teria agido em legítima defesa após ser drogado e violentado sexualmente pelo médico. Os dois teriam se encontrado em um bar na rua Sapucaí, no bairro Floresta, região leste de BH e, em seguida, foram para o apartamento de Vinícius com mais duas pessoas.
Quando percebeu que tinha sido violentado, no sábado (22), o suspeito teria tentado sair do apartamento, sendo impedido pela vítima, que estava com uma faca, iniciando uma briga. O autor teria, então, conseguido tomar a faca do médico e o esfaqueou. Ele teria tentado se matar em seguida.
O suposto autor do crime foi internado no Hospital André Luiz, na região oeste de BH, mas fugiu quando os militares chegaram, buscando abrigo na casa de um primo. Como o parente não estava em casa, o suspeito foi ao consultório de um psiquiatra, que constatou surto psicótico, acionando familiares dele.
O suspeito foi encaminhado, então, ao Hospital Odilon Behrens, na região noroeste da capital, local onde permaneceu sob escolta policial.
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