A recente alta no valor dos combustíveis afetou a rotina e o bolso de milhões de brasileiros em março e tem prejudicado especialmente uma categoria de trabalhadores. Os entregadores de aplicativo, que atuam de nove a 12 horas diárias e seis dias por semana para obter uma renda média de R$ 1.172,63 mensais, agora se deparam com um cenário praticamente insustentável. “Os motoboys já percebem que a classe paga para trabalhar”, relata Altemício Nascimento, de 54 anos. Nascimento e outros profissionais que atuam sobre duas rodas contaram à reportagem do R7 como as condições dos motoboys, já em ritmo de precarização desde o início da pandemia, pioraram consideravelmente desde a última elevação nos preços da gasolina e do diesel.
Sob esse contexto os motofretistas convocaram atos nacionais nas principais capitais brasileiras, marcados para os dias 1º, 2 e 3 de abril, para demandar, sobretudo, o aumento nas taxas de entrega.
Em geral, o ganho bruto varia entre R$ 2.000 e R$ 3.000. Mas os gastos com o combustível — há quem desembolse mais de R$ 1.200 mensais só com gasolina —, e a manutenção dos veículos, entre outros investimentos, fazem o rendimento cair quase à metade no fim do mês.
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