O jornalista e escritor Percival de Souza vai ministrar nesta sexta-feira (21), em São Paulo, uma aula para 30 delegados de polícia classe especial e 50 oficiais superiores (tenentes-coronéis) da Polícia Militar, que estão fazendo o Curso Superior de Polícia, obrigatório para que estejam aptos a serem promovidos aos mais altos postos das duas corporações.
Percival é comentarista de assuntos policiais e jurídicos da RecordTV e do blog Arquivo Vivo, do R7. Ele foi escolhido pela diretoria da Academia por conhecer profundamente as duas instituições (trabalha há 50 anos na área criminal) e ser jornalista especializado nessa área. Como escritor, produziu 18 obras, algumas com reconhecimento acadêmico em profundas incursões nos sistemas judicial, policial e penitenciário.
O curso, em formato integrado, está sendo ministrado na Academia da Polícia Civil, na Cidade Universitária, e os alunos poderão, já no ano que vem, quando o Brasil terá novo presidente da República, novos governadores, senadores, deputados estaduais e federais, ser novos comandantes da PM e novos diretores de Departamentos da Polícia Civil. A renovação é previsivelmente inevitável.
Percival diz que não falar o que os alunos gostariam de ouvir, e sim o que precisam ouvir: o ano que vem será marcado por alterações, que podem ser profundas ou não, no aparato da segurança pública. Para o jornalista e criminólogo, as duas polícias precisam de urgente valorização institucional e estabelecer uma doutrina de polícia tanto na ostensiva (PM) como na judiciária (Civil), chamando a atenção para o grande número de casos que não são solucionados por meio de investigações e a necessidade de permanentes planejamentos de prevenção.
O jornalista vai enfatizar o futuro das duas polícias está nas mãos dos senhores, que vão decidir se o estilo de trabalho muda ou continua como está. “A sociedade não pode ser cobaia de experiências amadoras. Se valorizada, a polícia não ficará na dependência de políticos e saberá decidir o que será melhor para a população. Os políticos são transitórios; a polícia é permanente. A PM nasceu em 1831. A Civil em 1905. É hora de saber gerir com competência o próprio destino.”
Fotos e fonte: r7
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