Em presídio de segurança máxima, o criminoso participou da audiência de custódia, por videoconferência, nesta terça (26)
A Justiça do Rio manteve a prisão do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, durante a audiência de custódia, nesta terça-feira (26).
Ele participou da sessão por videoconferência, de onde está preso, em Bangu 1, presídio de segurança máxima do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste da capital. O criminoso está isolado em uma cela de 6 metros quadrados, em uma ala destinada a milicianos. Por enquanto, sem direito a banho de sol.
Chefe da maior milícia do estado e alvo de 12 mandados de prisão, Zinho se entregou à Polícia Federal. https://comandovp190.com.br/um-dos-criminosos-mais-procurados-do-brasil-se-entrega-e-vai-preso/
A defesa dele já havia procurado a Secretaria de Segurança Pública, há cerca de dez dias, para negociar a rendição. Para o secretário Victor Santos, o cerco ao miliciano levou a esse resultado.
Um dos pedidos feitos pelos advogados foi para que Zinho não seja transferido para uma penitenciária em outro estado, para poder ficar perto da família.
A prisão de Zinho foi comemorada pelas autoridades, incluindo o governador Cláudio Castro, que se referiu ao miliciano como “inimigo número um do Rio de Janeiro”.
Zinho não estaria exercendo a liderança da maior milícia do Rio de Janeiro de forma presencial desde a morte do sobrinho dele, conhecido como Faustão, em outubro deste ano. O chefe do grupo teria ficado à distância na articulação da organização criminosa para não se expor e não ser capturado.
Isso porque, após a morte de Faustão, foi ordenado o ataque a ônibus que destruiu mais de 30 coletivos — o maior já registrado na cidade — e parou a zona oeste da capital.
Com Zinho fora do estado, a organização criminosa enfraqueceu. Por medo de perder território e ser assassinado, ele teria se entregado, para responder pelos crimes de forma segura.
Foragido desde 2018, Zinho era considerado o criminoso mais procurado do estado por chefiar a maior milícia do Rio de Janeiro, que tem forte atuação na zona oeste da capital.
Alvo de 12 acusações, o criminoso foi denunciado pela morte de Jerominho, ex-vereador e fundador da milícia Liga da Justiça — que controlou regiões da zona oeste no início dos anos 2000.
Antes de chefiar o grupo, Zinho era o responsável pelo braço financeiro da milícia e, segundo as investigações, comandava a lavagem de dinheiro do crime.
Ele assumiu a liderança da organização criminosa após a morte de dois irmãos durante ações policiais: Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, em 2021, e Carlos Alexandre Braga, vulgo Carlinhos Três Pontes, em 2017.
A caçada a Zinho se intensificou após os ataques a ônibus, em outubro deste ano, depois que o sobrinho dele foi morto em uma operação da Polícia Civil.
Recentemente, o nome do miliciano voltou ao noticiário quando uma investigação da Polícia Federal mostrou a ligação entre o grupo dele e a deputada estadual Lucinha.
A parlamentar seria chamada de “madrinha” pelos milicianos em trocas de mensagem e teria atuado com sua assessoria para atender aos interesses da milícia.
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