Exame de toque: como combater o preconceito entre os homens

Psicólogo do Hapvida NotreDame Intermédica alerta que a saúde deve estar acima de qualquer tabu e reforça a importância da rede de apoio durante o tratamento do câncer de próstata

 

O câncer de próstata é o segundo tipo mais frequente entre os homens – com exceção do câncer de pele não melanoma -, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Ainda segundo o Instituto, este tumor corresponde a 29,2% de todos os tipos de neoplasia que atingem o sexo masculino. E, mesmo com dados alarmantes, o exame de toque, realizado para detectar a doença, ainda é considerado um tabu pela sociedade.

 

Seguro sobre a importância da prevenção e tratamento, o psicólogo do Hapvida NotreDame Intermédica, Carol Costa, afirma que a eficácia do procedimento deve superar qualquer estigma. 

 

“Chegamos ao Novembro Azul, mês que cuida da saúde do homem, em especial da prevenção ao câncer de próstata. E é justamente nessa prevenção que estamos inseridos em uma cultura totalmente retrógrada de que o exame de toque pode ferir, afetar ou colocar em dúvida a masculinidade do homem que o realiza”, comenta. “É claro que isso é um grande mito! A prevenção e a realização de qualquer exame mostram apenas que o homem está se cuidando e valorizando seu bem-estar”, reforça.

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, em 2022, serão diagnosticados mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata. Além disso, a SBU frisa que quando diagnosticada precocemente, a doença tem 90% de chances de cura. E o mais importante exame para se detectar o tumor de próstata na fase inicial, é o toque retal.

 

“Assim, longe de qualquer preconceito, a realização do exame de prevenção ao câncer de próstata é fundamental, assim como cuidar da saúde e pensar no bem-estar. E vamos acabar, em definitivo, com qualquer tabu sobre o tema”, afirma Costa.

 

Rede de apoio

O psicólogo do Hapvida NotreDame Intermédica destaca ainda sobre a importância de uma rede de apoio após o diagnóstico da doença. “Além dos atendimentos e cuidados dos médicos e profissionais especializados, a ajuda de um psicólogo se faz necessária em todo o processo, desde o diagnóstico até o tratamento”, frisa. 

 

Isso porque, segundo Costa, na busca pelo autoconhecimento, a pessoa lida melhor com as adversidades da vida. “Nesse momento em que precisa tanto de especialistas e estar bem consigo mesmo para poder lidar melhor com toda a situação, busque por um psicólogo. Ele tem as ferramentas e conhecimentos necessários para ajudar o paciente”, conclui.