Nos últimos meses após um grande escândalo envolvendo vários policiais civis de São Paulo, a justiça tem descoberto diversos crimes cometidos pelos membros da segurança pública. Vários policiais e até mesmo delegado foram presos e outros afastados dos seus cargos. Policiais civis são investigados por tráfico de drogas
No decorrer das investigações, foi descoberto que policiais estavam envolvidos com tráfico de drogas e também com membros do Primeiro Comando da Capital ( PCC).
O policial civil, Cléber Rodrigues Gimenez, de 47 anos, preso desde janeiro de 2025, suspeito de desviar cargas de drogas, também responde a um processo por mentir sobre a prisão de três homens. Os homens foram presos por tráfico de drogas, dos quais dois eram inocentes.
De acordo com a justiça, Cléber Rodrigues Gimenez, desviava as drogas e vendia para traficantes.
Investigado por mentir e prender pessoas inocentes:
O proprietário de um estacionamento de veículos no bairro do Ipiranga, zona sul paulistana, trabalhava normalmente no dia 24 de abril de 2021 quando, por volta das 21h30, foi surpreendido por homens armados e usando capuzes. Além dele, estava no local um empresário, o qual pretendia embarcar em um dos dois veículos que mantinha no estabelecimento.
À Corregedoria da Polícia Civil o dono do estacionamento afirmou que três homens encapuzados ordenaram para que ele o cliente se deitassem no chão. Com medo, obedeceram à ordem, “imaginando se tratar de um assalto”, como afirmou em depoimento obtido pela reportagem. Em seguida, segue a declaração, ao menos mais 10 homens armados adentraram no local, identificando-se como policiais.
Sem ter tempo para explicar, que não seria traficante e sim comerciante, o empresário e os outros dois detidos foram encaminhados para a delegacia Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), da 5ª Seccional, na zona leste. Neste local os homens foram autuados em flagrante por tráfico de drogas e recolhido a um presídio.
Depoimento dos policiais:
Os investigadores Cléber Rodrigues Gimenez e André Luiz de Matos Silva, afirmaram ter recebido informações privilegiadas de que um veículo, modelo Ranger, transportava drogas na região. A defesa de ambos não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.
O veículo, segundo os policiais, chegou no estacionamento, no qual entrou transportando um cilindro na carroceria. Após isso, dois carros, que supostamente faziam a escolta da caminhonete, teriam chegado ao local. Os policiais afirmaram ainda que, quando foram abordados, os três suspeitos presos manuseavam o cilindro.
Com base no depoimento dos investigadores, o trio foi indiciado em flagrante por tráfico de drogas e preso. A versão dos policiais civis, posteriormente constatada como mentirosa, resultou em um inquérito policial, por meio do qual os três detidos foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e processados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
“Contradições escandalosas”
Posteriormente, quando relataram o caso, durante audiências, os policiais contaram outras versões sobre o flagrante, gerando desconfiança na Promotoria e na Justiça.
Cléber, ao ser indagado pelo MPSP, afirmou que os dois carros de apoio chegaram antes da Ranger, diferentemente da primeira versão, na qual afirmava que a caminhonete chegou primeiro no local.
Por cair em contradição, foi aberto um inquérito para ser apurado o fato e a justiça descobriu que dois dos presos, eram inocentes.
“Além das contradições escandalosas em seu depoimento, talvez pior do que isso seja a afirmação de André de que prendeu o dono do estacionamento sem sequer ouvir sua justificativa para estar ali”, destacou o juiz Carlos Eduardo Lora Franco, da 3ª Vara Criminal do TJSP.
Fonte: https://www.metropoles.com
Clique no link e veja a matéria completa no nosso parceiro https://www.metropoles.com/sao-paulo/policial-preso-por-desviar-drogas-mentiu-a-justica-e-prendeu-inocentes
Seu comentário é de sua inteira responsabilidade. Não reflete nossa opinião.