Preso nessa segunda-feira (27/1) após passar nove meses foragido, Vagner Borges Dias, conhecido como Latrell Brito, havia abandonado a vida de ostentação nas redes sociais e utilizava documentos falsos para fugir da polícia, de acordo com as investigações.
Contra ele, havia três mandados de prisão preventiva expedidos em abril de 2024, no âmbito da Operação Munditia, do Ministério Público de São Paulo. Segundo a Promotoria, Latrell integrava o Primeiro Comando da Capital (PCC) e liderava um grupo de empresas em um esquema de fraude de licitações para obtenção de contratos públicos.
Antes de ser alvo do MPSP, Latrell se vendia como empresário de sucesso e flertava com uma candidatura a vereador em Suzano, na região metropolitana, pelo União Brasil. Em entrevista concedida em 2022, ao programa Phoenix Publicidade no YouTube, ele detalhou o início de sua “carreira” na música e disse que, em cinco anos, seu objetivo seria viver como cantor.
Questionado sobre o fato de ser eventualmente associado ao crime em razão de sua “postura excêntrica”, Latrell afirmou: “Ninguém paga minhas contas”.
“Você é uma figura inusitada, excêntrica, muito conhecida, diferente”, disse o apresentador. “Talvez muitos façam isso, mas não têm coragem de mostrar, o luxo, o hobby. Você já ouviu falar: ‘Isso aí é coisa de bandido, isso é coisa de ladrão, o que esse cara faz para estar num iate estourando um Chandom’. Isso aí já te entristeceu?”, questionou o apresentador.
“A gente é negro e moramos em periferia […]. Eu sempre corri para ser melhor, para ter o melhor. Eu sempre fui evangélico até os 26 anos. Até os 26, eu nunca tinha bebido, nunca tinha ido para a balada. Fui líder jovem, diretor de música. Eu sou conhecedor das escrituras”, respondeu Latrell
“Costumo dizer o seguinte, o barco só afunda se a água entra dentro. Se você deixar a água entrar, o barco vai afundar. Então eu não deixo a água entrar, vou navegando. O que falam, o que pensam, não muda nada. Porque ninguém nunca me deu nada. Ninguém paga minhas contas. Só eu sei o preço de cada coisa, o que eu faço para ser quem eu sou”, acrescentou. Clique aqui e veja a entrevista do preso PCC se dizia homem de negócios e negava “vida de bandido”
Seu comentário é de sua inteira responsabilidade. Não reflete nossa opinião.