O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta segunda-feira (18) que a vacinação no Brasil será “a maior do mundo”. “O Brasil é referência de vacinação no mundo e continuará sendo. Só com seis milhões de doses e a velocidade em que vamos aplicar, será a maior do mundo”, disse.
O ministro da Saúde, pressionado, ainda afirmou que a vacinação nacional contra a Covid-19 começará às 17h desta segunda-feira em todos os Estados após a distribuição de doses da CoronaVac, que deverá ser concluída nesta tarde. Oficialmente, a campanha de vacinação havia sido marcada para começar apenas na quarta-feira (20).
As declarações foram dadas em reunião simbólica com governadores no aeroporto de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, em encontro que marcou o início do envio das doses para os Estados e Distrito Federal.
Pazuello reforçou que a divisão das seis milhões de doses vai respeitar as “proporcionalidades” de cada unidade da federação.
Além disso, ressaltou que é papel dos governos e prefeituras não apenas fazer com que todas as pessoas tomem a vacina, mas também acompanhá-las.
“Há ressalvas, ainda há documentações e comprovações a serem cumpridos até 31 de março. Isso faz com que todas as pessoas que tomarem vacina sejam acompanhadas. É missão das prefeituras. Não é aplicar a vacina e pronto. É aplicar e monitorar”, afirmou o ministro.
Para Pazuello, o início da vacinação demonstra o trabalho conjunto do governo federal e do ministério da Saúde e afirmou que o que for combinado será cumprido.
“Neste momento, tudo isso demonstra trabalho conjunto. Demonstra que a nossa lealdade federativa está mantida, mas do que depender do governo e do ministério nós vamor cumprir rigorosamente o que for combinado, em nome da nossa ética e palavra”, disse.
Apesar do planejamento do governo federal para o início da vacinação em todo o Brasil a partir de quarta-feira (20), a primeira dose de vacina contra covid-19 foi aplicada em São Paulo no domingo (17), após a aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do uso emergencial da CoronaVac.
A primeira pessoa vacinada no país foi a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, moradora de Itaquera, com perfil de alto risco para complicações da covid-19.
Ainda em São Paulo, começa hoje (18) a vacinação de profissionais que atuam na linha de frente do combate à covid-19 nos seis hospitais-escola com maior volume de pacientes com a doença em todo o estado.
Cada profissional receberá duas doses da vacina do Butantan, com intervalo de 21 dias entre cada aplicação, conforme prevê o Plano Estadual de Imunização (PEI).
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não esteve no evento. No domingo, ele e Pazuello trocaram farpas após a Anvisa ter dado o aval para o uso emergencial da CoronaVac e AstraZeneca no Brasil. O vice, Rodrigo Garcia, este no evento simbólico.
Questionado sobre o motivo da ausência, Garcia afirmou que “a vacinação já se iniciou [ontem] e ele tem outros compromissos. Eu vim representá-lo”.
Fonte: r7
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