O policial Adriano. F.de Campos, suspeito de envolvimento no caso de Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, que foi encontrado morto após ter desaparecido na madrugada do domingo (14-06-2020), já está no presídio Romão Gomes, no Tremembé, na zona norte de São Paulo.
O PM foi levado nesta quarta-feira (17) para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa – na região central da capital às 18h00 para ser interrogado. Ele deixou a sede do DHPP às 20h30 e seguiu para o presídio Romão Gomes, que abriga policiais militares.
Na tarde de desta quarta-feira (17-06-2020), o Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o pedido da Polícia Civil e decretou a prisão temporária de 30 dias do policial militar.
Após ser identificado, o sargento se apresentou na Corregedoria da Polícia Militar na noite desta terça-feira (16), com um advogado. Segundo o delegado Marco Jaccobuci, Adriano se manteve em silêncio e preferiu não comentar sobre o caso.
Na manhã desta quarta-feira (17), o DHPP, que investiga o caso, pediu pela prisão temporária do sargento. Na tarde hoje, a Justiça acatou o pedido e decretou sua prisão.
Adriano estava na Corregedoria da PM e aguardava pela decisão da Justiça. Por volta das 18h, ele foi conduzido para o DHPP.
De acordo com a Polícia Civil, Adriano é um sargento do BAEP, lotado em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. É ele quem aparece nas imagens registradas momentos antes do desaparecimento do menino. O sargento seria o homem que olha para a viela e está com as mãos para trás, aparentando estar armado.
Segundo o delegado Fábio Pinheiro, o oficial era dono de uma empresa de segurança e prestava serviços para uma outra empresa, localizada nas proximidades da casa de Guilherme. Ainda segundo o delegado, o local estaria sendo alvo atos de vandalismo e furtos nos últimos dias. Segundo testemunhas, Adriano teria sido chamado por um porteiro, para impedir os atos criminosos.
A principal hipótese levantada pela polícia é de que o sargento pegou Guilherme, achando que ele era um dos vândalos, para dar uma “lição” nele.
A poucos metros da cena do crime foi encontrada uma tarjeta com o nome de soldado Paulo. A Corregedoria localizou um soldado com o nome Paulo, que também trabalha no BAEP de São Bernardo do Campo, com o sargento.
Esse soldado já prestou depoimento à Corregedoria e afirmou que não participou do crime e apresentou um álibi. O soldado será ouvido novamente no DHPP. Porém, segundo a Polícia Civil, ainda não foi possível fazer um link com a tarjeta e o crime.
A polícia sabe também que o sargento não agiu sozinho e não descarta um ou mais comparsas no crime. Não se sabe, no entanto, se os outros envolvidos também eram policiais.
O carro visto nas imagens do sequestro é o mesmo veículo que abandonou o corpo. A polícia acredita que o carro seja do filho do sargento Adriano.
A avó, a mãe e a tia de Guilherme também já prestaram depoimento. O porteiro que chamou por Adriano irá testemunhar à polícia nos próximos dias.
Outros policiais que estavam de serviço na região, no dia do crime, também estão sendo ouvidos nos Batalhões de Polícia, mas a polícia acredita que eles não tenham relação com o crime.
Guilherme não tinha passagem pela polícia e foi sequestrado e morto após voltar de um churrasco na casa da avó.
O Tribunal de Justiça de São Paulo disse que o caso está em segredo de Justiça e por isso não seria possível ter acesso à decisão.
Outro lado
Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo confirmou que identificou um suspeito e que “trabalha para elucidação dos fatos e prisão dos responsáveis”.
O órgão ainda acrescentou que todas as circunstâncias relativas à morte de Guilherme “são investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Corregedoria da PM”.
Nesta quarta-feira (17), o secretário de Segurança Pública, General João Camilo Pires de Campos, afirmou em coletiva de imprensa que as investigações irão a fundo para encontrar os responsáveis.
Fonte: r7
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