O dólar saltou 2% nesta terça-feira (21) e fechou no patamar de R$ 4 pela primeira vez desde fevereiro de 2016 devido a incertezas eleitorais.
Na sessão, a moeda norte-americana avançou 2,01%, a R$ 4,0372 na venda, maior nível desde os R$ 4,049 de 18 de fevereiro de 2016. Foi a quinta alta consecutiva do dólar, período no qual avançou 4,4%.
Na máxima do dia, atingiu R$ 4,0382. O dólar futuro tinha valorização de 1,7%.
Dólar para turistas já é vendido por R$ 4,44 nas casas de câmbio
No exterior, o dólar recuava ante uma cesta de moedas e também ante divisas de países emergentes após o presidente Donald Trump, em entrevista à Reuters na véspera, ter criticado a política de aumento de juros do Federal Reserve, banco central norte-americano.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4.800 swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 3,6 bilhões do total de US$ 5,255 bilhões que vencem em setembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Com o nível elevado do dólar, há quem veja necessidade de intervenção do BC, que repetidas vezes avisou que provém liquidez quando o mercado está disfuncional.
“Não há pressão de demanda nem por proteção cambial e nem por demanda no mercado à vista, sendo que a alta do preço decorre do emocional e psicológico, fatores imponderáveis, não alcançáveis por intervenção do BC, que se ocorrer será inócua”, avaliou o economista e diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, ao comentar sobre a possibilidade de o Banco Central atuar por meio de leilões extraordinários de swap.
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