Cerca de 51 pessoas acusam escola de fraude e Polícia Instaura inquérito

O www.comandovp.com.br esteve nesta semana conversando com a diretora do Procon de São Carlos-SP, Juliana Cortez e também  com o delegado da Polícia Civil do 3º D.P,  para saber como estão as investigações de uma possível fraude de uma escola situada na Avenida São Carlos, a qual foi interditada.

Relembre o fato e o fechamento da escola:

No dia 25-05-2018, a Polícia Civil e  Fiscais da Prefeitura de São Carlos-SP, interditaram uma escola de Cursos Técnicos, situada na região central de nossa cidade. Na época cerca de seis pessoas estavam acusando a escola de uma possível fraude. A escola foi interditada. De acordo com Juliana Cortez, vários consumidores estiveram no Procon e relataram e reclamaram da corporativa, relatando possível propaganda enganosa.

“Nós tivemos conhecimento através de consumidores via Procon, através  da Secretária de Habitação e da Polícia Civil, vários consumidores vieram  até o Procon e a principal  denúncia era propaganda enganosa. Os consumidores principalmente jovens recebiam ligações telefônicas com  convite de realizar uma entrevista de emprego, ou que eles estariam ganhando uma bolsa de estudos, quando na verdade a hora que eles chegavam até a escola, eles  passavam por um procedimento e depois eram submetidos a realização deste curso, era prometido ao aluno que no final ele teria um emprego garantido ou uma bolsa de estudos, sendo que realmente  não era isso que acontecia na pratica. Então isso nos preocupou, a  gente em parceria com a Secretária de Habitação e a Polícia Civil,  tomamos todas as providencias, o caso já foi encaminhado ao Ministério Público, estamos notificando o Ministério Público para que tome as providencias necessárias, porque  são vários consumidores lesados, após o fechamento da escola houve um número significativo de reclamações de pais querendo cancelar o contrato, porque vários consumidores pagaram através do cartão de crédito e  depois que passa o cartão de crédito é um pouco difícil o consumidor reaver este dinheiro, né, por parte do banco, então os consumidores precisam ficar atentos, não passar pelo cartão de crédito, porque é um pouco mais difícil e fazer um boletim de ocorrência na Polícia Civil é muito importante os consumidores denunciarem, seja via Procon, inclusive pela Polícia Civil, que nós estaremos ai em parceria e a gente pediu a manutenção do  fechamento da  escola a Habitação e ao  Ministério Público para evitar que novos consumidores sejam lesados. Nós tivemos inúmeros consumidores que fizeram denúncia via telefone, via facebook, via e-mail, mas formalmente que  formalizaram a reclamação, foram 51 pessoas, nós estamos falando ai em um período de dois a três meses, então são muitos consumidores, fora os que ainda virão e que ainda a gente tá recebendo destes consumidores.  Se  ficar comprovado que ele fez uma oferta ou uma propaganda enganosa, pode sim se enquadrar como crime que ele está prometendo uma coisa, enganando as pessoas que vai acontecer uma coisa, quando na verdade não é, ele está aproveitando da oportunidade desta pessoa em querer realizar um curso, né, em contra partida isso não vai ocorrer, então isso na verdade é  um crime contra as relações de consumo e eles deverão pagar por isso”, finalizou a diretora do Procon.

O CVP conversou também com o delegado,  Dr. Rubens Venâncio Feitosa,  titular do 3º  D.P , o qual disse estar  instaurando inquérito policial no artigo,  171 do Código Penal Brasileiro (estelionato) e que  nos próximos dias os envolvidos deverão ser intimados para prestar depoimento. A Polícia Civil também deverá investigar se as supostas fraudes ocorreram em outras cidades, com Araraquara e Américo Brasiliense.

Fotos: CVP

Escola na Av. São Carlos é interditada após várias denúncias