A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) revelaram, em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (14/1), um esquema por meio do qual líderes presos do Primeiro Comando da Capital (PCC) teriam realizados procedimentos estéticos, como botox e clareamento dentário, além de tratamentos médicos e odontológicos. Segundo o promotor Lincoln Gakiya, presos como Paulo Cézar Souza Nascimento Junior, o Paulinho Neblina; Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho; Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue; foram atendidos por médicos contratados por uma ONG criada pela própria facção e que fazia parte do setor de saúde do PCC.
“Tinha pedido até para a Marcola colocar Botox. Quando eu fui verificar o que embasou esse pedido, [os manuscritos] diziam que o médico havia dito que ele tinha uma inflamação no nervo de trigêmeo e o tratamento era o botox”.
Os procedimentos de saúde e estéticos eram direcionados apenas à cúpula do PCC: “Não é um setor que atende a todos os integrantes do PCC”, afirmou o promotor.
As informações foram coletadas a partir de uma investigação iniciada em setembro de 2021, quando uma mulher foi flagrada tentando entrar na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau com drogas e cartões de memória.
Ao averiguar o material, os investigadores encontraram pastas que apresentavam os setores do PCC com uma vertente ligada à área da saúde com serviços prestados por uma ONG que, segundo o promotor Gakiya, foi criada pela própria facção, e outra com advogados com codinomes.
No ano seguinte, as autoridades quebraram o sigilo bancário da organização e notaram que ela não captava nenhum recurso público ou privado. Médicos e dentistas começaram a ser ouvidos e contaram que eram procurados por advogados, que não conheciam, por meio de mensagens para atender esses presos. Botox do PCC
Fonte: https://www.metropoles.com/
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