Eleito no primeiro turno, companheiro de chapa de Cristina Kirchner atua há 30 anos nos bastidores do peronismo; é professor de direito penal, fã de Bob Dylan e dono de um cachorro ‘instagramer’
Eleito neste domingo com 48% dos votos, o próximo presidente da Argentina, Alberto Fernández, pode ser um rosto pouco conhecido dos brasileiros, mas é um veterano na política.
Há quase três décadas atua nos bastidores do peronismo, articulando campanhas que levaram ao poder expoentes do Partido Justicialista – sigla à qual é filiado, assim como a companheira de chapa e vice, Cristina Kirchner.
Eles derrotaram o atual mandatário, Maurício Macri, que levou 40,4% dos votos. Na Argentina, é suficiente obter mais de 45% dos votos para ganhar no primeiro turno — ou votação acima de 40% desde que haja uma diferença de 10 pontos percentuais para o segundo colocado.
Fernandez é considerado peça fundamental na candidatura presidencial do marido de Cristina, Néstor Kirchner, lançada em 2003 em oposição à corrente peronista mais à direita que governou a Argentina na década de 90, personificada na figura de Carlos Menem, que realizou uma série de reformas neoliberais no país e abriu o capital para estrangeiros.
Alberto é apresentado aos Kirchner em 1997 por Eduardo Valdés, seu colega na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires.
Seu comentário é de sua inteira responsabilidade. Não reflete nossa opinião.