Algumas fotos da ação policial levantaram a hipótese de que o local do crime possa ter sido alterado antes da conclusão da perícia. Imagens de cinco corpos enfileirados sob mantas térmicas no meio da rua Puréus, onde teria acontecido a troca de tiros podem significar que os suspeitos de roubo a residência foram mudados de lugar depois de baleados e mortos.
O delegado Ítalo Zaccaro Neto, que estava presente na operação negou, em coletiva de imprensa realizada na segunda (4), que policiais tenham enfileirado os corpos e atribui a ação ao Samu e aos Bombeiros.
— Esse procedimento não foi nosso. Na verdade nós pedimos socorro ao Samu e aos Bombeiros para tentar levar os baleados ao hospital.
Em outro trecho da entrevista ele afirmou:
— Você pode ver que tem umas mantas térmicas. Isso não é coisa nossa. O Samu e os Bombeiros que foram tentar socorrer.
Questionada pelo R7, a Secretaria Municipal de Saúde negou, em nota enviada à reportagem nesta terça-feira (5), que o Samu (serviço sob a responsabilidade da pasta) tenha mexido nos corpos:
— O Samu não foi a primeira equipe a chegar ao local e não houve atendimento pelo serviço municipal. A preservação da cena até a chegada da polícia técnica é função da autoridade policial que já estava presente quando o Samu foi acionado.
A reportagem também entrou em contato por telefone e e-mail com a assessoria de imprensa dos Bombeiros, no fim da tarde desta terça-feira (5), e a instituição sugeriu que o pedido de posicionamento fosse enviado à SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública). Até o momento, a pasta não se posicionou.
Na segunda-feira (4), o ex-secretário Nacional de Segurança Pública, coronel José Vicente da Silva havia questionado o procedimento.
— Havia cinco corpos enfileirados na rua e isso deixa evidente que retiraram os corpos de onde estavam. A polícia não pode mexer na cena do crime antes da perícia chegar. Os corpos não foram sozinhos e não morreram um do lado do outro.
Fonte:r7
Seu comentário é de sua inteira responsabilidade. Não reflete nossa opinião.