Veja detalhes do boletim de ocorrência no caso das crianças mortas

Aparecida Aurea da Silva, de 39 anos, mãe das duas crianças encontradas mortas dentro da piscina da casa do vizinho na noite do dia 06-02-2025, na Rua Francisco Fernandes bairro Planalto Verde, São Carlos-SP, foi presa em flagrante por homicídio culposo.

De acordo com informações, o vizinho chegou em casa por volta das 19h20 e encontrou os dois corpinhos de Maria Clara Aparecida  da Silva Belarmino , de 8 anos  e Maria Helena Aparecida  da Silva Belarmino,  4, boiando na sua piscina.  Imediatamente ele acionou a Polícia Militar. O SAMU e o Corpo de Bombeiros também foram para o local e o médico da Unidade de Suporte Avançado (USA) constatou que as crianças estavam mortas.  A Polícia Civil foi acionada e o delegado, Dr. Gilberto de Aquino e o investigador Bacaro foram para o local, juntamente com a Polícia Científica. Aparecida Aurea disse que as filhas teriam ido tomar café da manhã com ela, que mora em uma casa invadida, por ser usuária de drogas, e  na hora do almoço o pai das menores, mesmo não podendo chegar perto da ex ( mãe das crianças), pois ela tem Medida Protetiva contra ele,  foi levar comida para as filhas.  A mulher disse que durante a tarde teria ido levar as crianças perto da casa do pai, que também seria usuário de drogas, mas mora com a mãe dele, a qual tinha a guarda provisória das netas.  Delegado prende mãe das crianças mortas em piscina

Relato da  avó das crianças ( avó paterna):

Ela disse que pela manhã, Aparecida Aurea,  teria ido até a casa e buscado as filhas. A avó disse que os pais são usuários de drogas e para evitar confusão ( gritaria) deixa a mãe levar as filhas para passar o dia em sua seu poder.

Como foram encontradas as crianças:

De acordo com boletim de ocorrência, as crianças saíram da casa da avó usando vestido, short e blusinha. As roupas foram encontradas na casa da genitora das crianças.  Quando foram encontradas mortas, a criança de 8 anos estava com um tope e a parte debaixo e a de 4, usava somente calcinha.

Relato da mãe:

Ela disse que as filhas subiram sozinhas, tomaram café da manhã, depois o pai levou almoço. Aparecida Aurea  disse que por volta das 14h30 levou as filhas e ficou no meio da rua , não sabendo se as filhas adentraram na casa da avó ( onde o pai mora).

Ao ser questionada sobre as vestes que as filhas estavam trajando, ela não soube explicar. As roupas que as meninas saíram da casa da avó, foram encontradas na casa da genitora.

Pai das menores:

Ele disse que a mãe das menores foi até a casa dele e buscou as filhas, mas que não as devolveu. Que depois ficou sabendo através de vizinhos que as filhas estavam mortas.

Relato do dono da casa:

Ele disse que encontrou o portão da casa devidamente trancado e quando adentrou viu os corpos na parte da escada da piscina. Disse que as vítimas estavam de barriga para baixo. Que a mãe das crianças chegou ao local aparentando estar embriagada ou drogada. Que ela se desesperou e desmaiou.  A casa onde as crianças moravam fica a 200 metros, já a casa onde a genitora reside ( casa invadida) é ao lado de onde as meninas foram encontradas mortas. O vizinho  disse  que as menores precisaram por algumas vezes  ele usando um gancho para abrir o portãozinho.

Aparecida Aurea relatou que achou que as meninas estavam na casa do pai e só tomou ciência do ocorrido, quando os vizinhos foram informar sobre as mortes.  Diante da situação o delegado autuou Aparecida Aurea em flagrante, arbitrou fiança no valor de três mil reais, como não foi paga, ela foi recolhida ao Centro de Triagem de São Carlos.