Uso excessivo de Internet: Pais fiquem atentos aos seus filhos!

O fenômeno da era digital tem contribuído para o aumento do índice de diagnóstico de transtornos de ansiedade.

Esse comportamento de estar conectado à internet horas a fio, funciona como uma compulsão incontrolável, onde a realidade e a ficção se misturam na mente dos adolescentes.

Muitas vezes os pais veem seus filhos em casa, trancafiados em seus quartos, têm a ilusão de segurança, uma vez que não desligam o computador e muitos ainda pensam em respeitar a privacidade dos seus filhos.

Que privacidade?

As crianças e adolescentes são dependentes não só financeiros e sim psíquicos dos pais e educadores. Precisam de orientação e acompanhamento de perto dos pais.

A formação acadêmica adequada bem como seu desenvolvimento psíquico precisa ser construída junto com a família de forma assertiva, com diálogo, relações afetivas de confiança e respeito.

Pais – fiquem atentos!

Precisam conhecer as preferências, os gostos, os amigos e, assim ter conhecimento dos sites que entram na internet.

Na adolescência eles têm muitas dúvidas, medos, inseguranças, por isso os pais precisam estar próximos, se colocar como melhores amigos e em quem eles possam confiar.

Muitas vezes os pais reclamam que os filhos são muito fechados, é certo que alguns apresentam personalidade introspectiva, porém, se for construída uma relação saudável, os pais colherão bons frutos. Se sentir dificuldade é importante procurar a ajuda de um especialista.

Horas no computador compromete o rendimento escolar, habilidade em desenvolver amizades, compromete a saúde, pois, não deixam de praticar atividade física, não comem e nem dormem adequadamente e muitas vezes nem se comunicam dentro da própria casa.

O uso ininterrupto do celular é outro fator alarmante nos dias atuais, podem-se observar em shoppings, aeroportos entre outros.

O comportamento obcecado e repetitivo de teclar, proveniente de pensamentos agitados, onde a pessoa, muito comum nos adolescentes também, envia mensagem e quase tem uma síncope porque não visualiza uma resposta.

Assim estão todas as relações, não existe mais olho-no-olho, a leitura da expressão facial não existe mais e as relações humanas estão cada dia mais superficiais.

Jogos de desafios fazem com que os adolescentes se sintam desafiados e compelidos a fazer, cujo foco na competitividade não percebem a  dimensão do risco de vida que correm e muitas vezes ainda não tem o desenvolvimento cognitivo apropriado para dimensionar até onde podem ir.

Fiquem atentos aos “jogos de desmaios”, cujo movimento tem por objetivo diminuir a quantidade de sangue no cérebro, com consequências gravíssimas a vida desses jovens.

Outro cuidado que se deve ter hoje: os inúmeros vídeos do Youtube, de livre acesso aos pequenos e adolescentes, com desafios impressionantes que despertam interesse neles.

Isso acontece porque eles têm necessidade de mostrar aos outros, aos amigos mais próximos a capacidade que têm de superar desafios e se sentirem importantes e dizem de peito cheio e ego envaidecido: eu sou o cara!

Então finalizo esse artigo com a dica:

Pare e pense: Porque nos últimos tempos estou tão ansioso (a)?

O que tenho feito para desencadear esse comportamento?

Primeiro se conscientize de que precisa mudar e depois, se perceber que não consegue sozinho (a), procure uma ajuda especializada.

Autora:

Adriana Gomes – CRP-06/48544
Psicóloga – Graduada pela Universidade Estadual Paulista – UNESP Bauru.
Pós Graduada em Terapia Cognitivo Comportamental pela Faculdade Unyleya
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