Policiais da Rota prenderam nesta sexta-feira (6/12), o primeiro suspeito de participar da execução do empresário Vinícius Gritzbach, na zona leste de São Paulo. Segundo o governador Tarcísio de Freitas, o homem detido foi encontrado com munições de fuzil no momento da prisão.
Ele está sendo conduzido ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Execução no aeroporto
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem junto da namorada quando foi executado na tarde do dia 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Conforme apurado pelo Metrópoles, o empresário foi morto com um tiro de fuzil no rosto. Os filhos foram buscá-lo com quatro seguranças, todos PMs. O carro da filha quebrou e ficou em um posto, e o filho seguiu ao encontro do pai com os quatro seguranças.
Câmeras de segurança registraram o momento em que os atiradores descem de um carro preto e executam o empresário. morte do empresário Vinícius Gritzbach
De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach foi jurado de morte pelo PCC porque teria mandado matar dois integrantes do grupo criminoso, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo. Na denúncia, o MPSP diz que o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas.
O duplo homicídio ocorreu em 27 de dezembro de 2021 e teria sido cometido em parceria com o agente penitenciário David Moreira da Silva. Noé Alves Schaum, denunciado por ser o executor dos membros do PCC, foi assassinado em 16 de janeiro do ano passado.
Além disso, Gritzbach havia fechado um acordo de delação premiada com o MPSP para delatar assuntos ligados à facção paulista.
Policiais envolvidos
Além de integrantes do PCC, também estão na mira da força-tarefa policiais militares e civis. No momento da execução, um grupo de PMs era encarregado de fazer segurança privada de Gritzbach.
Três deles, no entanto, estavam em um posto de gasolina próximo ao aeroporto quando o ataque começou, supostamente por causa de problemas mecânicos em uma das caminhonetes usadas no transporte do grupo. Oito policiais militares foram afastados.
No caso dos policiais civis, as suspeitas giram em torno de agentes citados por Gritzbach em sua delação premiada ao Ministério Público de São Paulo. Na delação, o corretor acusou policiais civis que atuavam no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de extorqui-lo para livrá-lo da investigação sobre a morte de Cara Preta.
Em 31 de outubro, oito dias antes de ser morto, Gritzbach prestou depoimento à Corregedoria da Polícia Civil e reafirmou as acusações.
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