A força-tarefa criada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) identificou um segundo suspeito de participar da execução do empresário delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Antônio Vinícius Gritzbach, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, no último dia 8. O Metrópoles confirmou, nesta sexta-feira (22/11), com fontes que acompanham a investigação, que se trata de Matheus Augusto de Castro Mota. Ele teria dado apoio ao primeiro suspeito identificado (Kauê do Amaral Coelho), que acompanhou os passos de Gritzbach no aeroporto e avisou os executores por meio de um alarme. A Justiça já decretou a prisão temporária de ambos os investigados. A força-tarefa é composta pela Polícia Civil, Polícia Militar (PM), Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MPSP).
Recompensa pelo olheiro
A SSP divulgou, na última terça-feira (19/11), uma recompensa de R$ 50 mil para quem tiver informações sobre o paradeiro de Kauê. Ele foi identificado após análise das câmeras do aeroporto.
Em 2022, Kauê já foi preso por tráfico de entorpecentes e, segundo o secretário da segurança pública, Guilherme Derrite, se envolveu em um desacato contra um agente de trânsito em São Paulo. Na ocasião, ele teria amedrontado o agente de trânsito, afirmando que pertencia ao PCC.
Uma investigação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) identificou que um olheiro teria avisado aos assassinos de Vinícius Gritzbach o momento em que ele se encontrava no saguão do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O olheiro seria justamente Kauê — ele teria acionado uma espécie de alarme sonoro de dentro do aeroporto para alertar criminosos que estavam em um carro do lado de fora. O alarme foi localizado no carro usado pelos assassinos.
Gritzbach foi executado no último dia 8 de novembro, na frente de sua namorada e de dezenas de testemunhas, na área de desembarque do Teminal 2 de Cumbica. Foram disparados, ao todo, 29 tiros de fuzil — 10 disparos atingiram a vítima. Ele era jurado de morte pelo PCC e acabara de retornar de uma viagem ao Nordeste, onde permaneceu sete dias com a namorada e seguranças particulares, entre eles um policial militar.
Minutos após a execução, os atiradores embarcaram em um Volkswagen Gol preto e fugiram do local. Como mostrado pelo Metrópoles, o veículo foi captado por câmeras de monitoramento antes do crime. O carro dá ao menos três voltas no acesso da plataforma de desembarque que seria usada por Gritzbach.
Após o alerta do olheiro, o Gol preto foi deslocado para a frente de um ônibus da Guarda Civil Municipal de Guarulhos, de onde a dupla de matadores desembarcou.
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