Comando Vermelho aproveita brecha do PCC e migra para interior de São Paulo

Com o abandono do Primeiro Comando da Capital (PCC) de territórios que comercialmente não interessam mais à organização criminosa, facções rivais, como o Comando Vermelho (CV), viram o caminho livre para expandir o comércio local de drogas em território paulista.

A região de Rio Claro, no interior de São Paulo, vivencia esse fenômeno, com a presença cada vez mais evidente da facção carioca, considerada a maior rival do PCC.

O município do interior paulista é, também, o principal território paulista frequentado por Leonardo Felipe Panono Calixto, o Bode, apontado como o líder do CV no estado de São Paulo — conforme investigação da Polícia Civil e levantamentos do Grupo de Investigação do Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Como afirmado pelo promotor de Justiça Lincoln Gakiya, em entrevistas ao Metrópoles, o ingresso do PCC no tráfico internacional de drogas — principalmente por via marítima — rende bilhões por ano à maior facção do Brasil.
Dessa forma, a organização criminosa de São Paulo foi abandonando a venda “miúda” de drogas — feita por meio das bocas de fumo — e acabou deixando, paulatinamente, esse tipo de comércio nas mãos dos rivais.

Onda de violência

Mas antes de deixar definitivamente a região, como afirmado à reportagem por fontes policiais que acompanham o caso, o PCC assassinou e, ainda, pode executar mais aliados de Bode. A matança é uma retaliação às baixas já sofridas pela facção paulista. Desde 2022, até o momento, são atribuídos ao menos 40 assassinatos à rivalidade entre o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho na região. Isso porque, como já mostrado pelo Metrópoles, o líder do CV teria ordenado o assassinato de integrantes do PCC, para demonstrar e impor poder. Além dele, parte das execuções foi sofrida ou feita pela quadrilha de Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo, principal rival do PCC, até sua prisão, em maio de 2023 – que deixou o caminho livre para Bode assumir a liderança, agora respaldado pelo CV, com o qual Magrelo já mantinha relações comerciais. O próprio Bode, ainda de acordo com a investigação policial, está jurado de morte e, por isso, estaria atualmente abrigado em um morro carioca.

“Braço direito”

Com a ausência dele, quem assume interinamente a liderança do CV é Luís Lopes Júnior, o Grão, apontado como o “braço direito” do chefão do CV. Ele também seria o responsável pela logística e concretização dos assassinatos. Grão foi monitorado pelo setor de inteligência da Polícia Militar, o qual constatou diversas viagens feitas pelo criminoso ao Rio de Janeiro. Antes de atravessar a divisa estadual, ele parava em uma chácara, em Hortolândia, no interior de São Paulo. O levantamento policial constatou ainda que ele, durante os deslocamentos, seria responsável pelo transporte de drogas e armas. Clique aqui e veja a matéria completa no nosso parceiro https://www.metropoles.com/sao-paulo/comando-vermelho-aproveita-brecha-pcc

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