Em 16 páginas, o juiz Paulo Fernando Deroma de Mello resume a participação de oito investigados na morte de Vinicius Gritzbach, delator do PCC. Deroma determinou as prisões temporárias cumpridas na terça-feira (17) e afirmou: “Caso os elementos colhidos até o momento sejam confirmados na investigação em curso, pode-se afirmar, sem dúvida alguma, que o Brasil tornou-se um narco-Estado.”
Dos oito presos, quatro são policiais do estado de São Paulo. Um deles, um delegado da Polícia Civil. Policial civil preso
No relatório, segundo o magistrado, existem mensagens telefônicas do investigado falando sobre relógios do delator Vinicius Gritzbach e também indícios de que Eduardo Monteiro extorquia membros do PCC em troca de não investigar homicídios cometidos por eles.
Por fim, o juiz destaca uma conversa grampeada pelo Ministério Público em que o próprio Monteiro afirma que se alguém analisasse o Coaf, ele seria preso.
Além do delegado Baena e do policial Eduardo Monteiro, outros dois investigadores de polícia foram presos. São Marcelo Marques de Souza e Marcelo Ruggieri. Ambos teriam movimentações financeiras incompatíveis com os salários de policiais e agiriam, segundo o relatório, em proximidade a criminosos conhecidos do PCC.
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