Investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontam que o Bando do Magrelo é responsável pelo assassinato de pelo menos 30 integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). A rivalidade é motivada pela disputa da rota do narcotráfico na região de Rio Claro/SP, que movimenta milhões de reais todos os meses – a Promotoria identificou que o bando comercializa drogas em, ao menos, oito cidades.
Intitulando-se como “o novo Marcola”, uma referência a Marco Willians Herbas Camacho – o principal líder da maior facção do Brasil, teria partido de Magrelo a ordem para a execução sumária dos integrantes do PCC. Em uma denúncia obtida pelo Metrópoles, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do MPSP, afirmou que as execuções promovidas pelo Bando do Magrelo, em via pública, com disparos de fuzil em plena luz do dia, “colocam tristes holofotes na cidade”.
Prisão de Magrelo:
Ele foi preso pela Polícia Militar no município de Borborema, a cerca de 380 quilômetros da capital, no dia 23 de maio de 2023.
No dia 24 de maio de 2023, policiais militares da Força Tática estiveram na AV. Sessenta e Seis, bairro Vila Olinda, Rio Claro-SP, casa do Anderson Ricardo de Menezes, de 41 anos, local este onde foram apreendidas armas. Anderson Ricardo de Menezes
Guerra do Bando do Magrelo com PCC
A guerra entre membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) e uma quadrilha local, conhecida como Bando do Magrelo, transformou as ruas de Rio Claro, no interior paulista, em um front de batalha entre criminosos.
Imagens captadas por câmeras de monitoramento (assista abaixo) mostram o momento em que cinco criminosos executam a tiros três membros da maior facção do país, na noite de sábado (23/11).
As mortes dos três membros do PCC foi uma resposta ao assassinato de Daniel de Paula Sobrinho, de 29 anos, o Vovô, executado dentro no salão de cabeleireiro que era dono, no bairro Jardim Palmeiras. Daniel de Paula Sobrinho, de 29 anos.
Imagens de câmeras de segurança, mostram Gabriel Lima Cardoso, de 26 anos, Marcelo Henrique Ferreira, 27, José Cláudio Martins Nunes, 50, e Israel Henrique Francisco, de 35 anos, de 35 anos, conversando em um terreno, no bairro das Nações, quando homens armados descem de um carro e abrem fogo contra os desafetos. Três morreram no local. Israel Henrique Francisco, foi socorrido , ficou alguns dias internado, mas no dia 29/11/2024. De acordo com a justiça, esses quatro mortos, eram membros do PCC . Além dos atiradores que estavam no veículo Mobi, um sujeito em uma moto também para e atira contra o quarteto.
Mortos com 15 tiros
Marcelo correu pela calçada e foi morto com um tiro na cabeça e outro na nuca, morrendo na rua. No meio do terreno estava o corpo de José Cláudio, com cinco tiros no peito, dois na cabeça e um na nuca.
Gabriel conseguiu ir um pouco mais longe, não por muito tempo, pulando o muro do terreno – no qual José foi morto – mas foi alcançado e executado com cinco tiros na cabeça e um no joelho direito. Ele foi encontrado em uma rua, usada pelos pistoleiros para fugir. Um dos alvos dos tiros, de 35 anos, foi hospitalizado e sobreviveu. Ele ainda irá prestar depoimento à polícia.
Em frente ao terreno no qual as vítimas conversavam, policiais encontraram – após a chacina – munições intactas de calibre 9 milímetros e um carregador prolongado.
Até o momento, nenhum dos pistoleiros foi preso. O fato está sendo investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Claro.
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