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Desde o anúncio do governo sobre a volta às aulas, as prefeituras e secretarias de educação dos estados optaram por recomeçar as atividades de forma presencial em 2022, após quase dois anos de pandemia de Covid-19.
A maior parte das escolas no país já retomou o ensino 100% presencial em 15 estados. Quatro estados seguem sem data definida para retorno e outros oito com data prevista de retomada das aulas nos dias 14 ou 21 de fevereiro.
Já retomaram as aulas os seguintes estados, nas redes estaduais e municipais de ensino das principais cidades: Espírito Santo, Maranhão, Bahia, Pernambuco, Tocantins, Minas Gerais, Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
Na capital paulista, a estudante Júlia Alves Idalino, de 17 anos, aluna do 3º ano do ensino médio do Colégio Raposo Tavares, contou ao R7 que o retorno presencial possibilita um melhor aprendizado. “O contato direto com nossos professores facilita bastante na hora de aprender”, diz.
A estudante, que já tem o esquema vacinal completo, aguarda para tomar a dose de reforço no dia 28 de fevereiro. A jovem explica que, desde o retorno à sala de aula, todas as medidas de segurança foram adotadas. “O anúncio da volta às aulas deixou todos nós preocupados, principalmente os nossos pais, mas tivemos todas as orientações necessárias”, esclareceu.
Os estudantes das redes públicas e particulares de ensino na cidade de São Paulo retornaram às atividades em sala na segunda-feira (31). E seguem todos os protocolos de segurança, como uso de álcool em gel e máscaras e também a aferição de temperatura.
O presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, considera que o retorno seguro às aulas presenciais depende de um pacto que envolva toda a comunidade escolar e considera as vacinas como um dos principais redutores do risco oferecido pela doença. “As vacinas são uma ferramenta a mais de prevenção, devem ser aplicadas à medida que chegarem, mas não é uma condição para as aulas presenciais”, diz.
Os estados do Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais (crianças de 5 a 11 anos) e Tocantins retomam as aulas a partir de 14 de fevereiro na rede estadual e municipal de Maceió, Belo Horizonte (crianças de 5 a 11 anos), Campo Grande e Curitiba. O mesmo ocorre em Brasília.
No Rio Grande do Sul e Sergipe, as aulas começam a partir do dia 21 de fevereiro. Já com início previsto em março e abril, ainda sem data prevista, estão os estados de Amapá, Mato Grosso do Sul, Pará e Acre.
Os dados do Censo Escolar evidenciam as disparidades no ensino durante a pandemia. Na rede privada, 7 em cada 10 escolas não retomaram as atividades presenciais no ano de 2020. A taxa salta para 85,9% na rede estadual e 97,5% na rede municipal.
Além disso, foi baixo o número de municípios que conseguiram oferecer aulas síncronas (ao vivo) durante a pandemia em 2020. A maior parte dos municípios (2.449) informou que nenhuma das escolas teve aulas ao vivo, mediadas pela internet, em 2020. Esse tipo de aula possibilita a interação direta entre o professor e o aluno e foi utilizada por boa parte das escolas particulares de elite no país.
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