Lucão Fernandes faz pronunciamento emocionado e propõe audiência pública sobre feminicídio em São Carlos

O presidente da Câmara Municipal de São Carlos, vereador Lucão Fernandes (PP), fez um pronunciamento contundente e emocionado durante a sessão desta terça-feira (9). Com a voz firme, mas carregada de indignação, o parlamentar destacou a escalada de casos de feminicídio no país e defendeu que a responsabilidade pelo enfrentamento à violência contra a mulher deve ser compartilhada por toda a sociedade — especialmente pelos homens.

“Enquanto nós estamos aqui, mulheres continuam morrendo”, afirmou o vereador, lembrando que vítimas seguem sendo “silenciadas, perseguidas, torturadas e assassinadas simplesmente por serem mulheres”. Lucão mencionou sua trajetória pessoal — como pai de duas filhas, viúvo após 42 anos e 3 meses de casamento e avô — para reforçar o impacto emocional do tema em sua vida.

Para o presidente da Câmara, cada feminicídio representa “um grito que não foi ouvido a tempo” e uma família destruída pela dor. Ele destacou que a violência não começa no ato extremo, mas em comportamentos que a sociedade historicamente normalizou. “Antes do feminicídio, existe o desrespeito, o xingamento, o empurrão, a ameaça, a perseguição, a humilhação”, disse.

Lucão também fez críticas à cultura que sustenta comportamentos abusivos. “Quando o homem mata uma mulher, ele não está agindo sozinho. Ele age amparado por uma cultura que sempre nos deu licença para isso.” Segundo ele, é preciso reconhecer que feminicídio “não é um problema das mulheres, é um problema dos homens”.

Durante o discurso, o parlamentar anunciou que pretende, junto às vereadoras da Casa, propor uma audiência pública em janeiro. O objetivo é discutir, com a Guarda Municipal, a Delegacia da Mulher e demais órgãos competentes, melhorias em políticas públicas voltadas às vítimas, como a Casa Abrigo e a Patrulha Maria da Penha.

“É hora de falar, de agir, de intervir”, enfatizou. Para Lucão, combater a violência exige educação, reeducação e enfrentamento de comportamentos normalizados ao longo de séculos. “Não é problema de casal. É assassinato. É violência. Está virando uma epidemia”, concluiu.

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