Ex-deputado: filho que matou ex-deputado tratava bipolaridade

Familiares de Francisco Frateschi, de 34 anos, afirmaram à Polícia Civil que um “episódio de surto” do rapaz resultou no assassinato do pai dele, o ex-deputado e fundador do Partido dos Trabalhadores Paulo Frateschi, 75. Segundo registros oficiais, o autor do crime, diagnosticado com bipolaridade, teve uma crise de agressividade que terminou, além da morte do pai, em ferimentos na mãe e na irmã, ambas socorridas após a chegada da Polícia Militar. De acordo com registros do 91º DP (Ceagesp), por volta das 7h, Francisco estava “muito agitado”. A irmã, a cozinheira Luísa Maux Vianna Frateschi, 42 anos, tentou contê-lo, mas ele empurrou a mãe, que caiu e fraturou o braço. Em seguida, partiu para cima do pai com uma faca. Na tentativa de impedir o ataque, Luísa brigou fisicamente com o irmão, que a mordeu no braço e deu-lhe um tapa no rosto. Ela reagiu, tentando afastá-lo, e acabou fraturando um dedo.

“Pessoa doce e carinhosa”

Luísa contou aos investigadores que, após o confronto, Francisco saiu correndo, voltou logo em seguida e se jogou no chão, dizendo que estava morrendo. Quando os policiais militares chegaram, ele voltou a ficar agressivo e precisou ser contido e algemado. O Samu foi acionado e os socorristas precisaram sedá-lo no local. A mãe foi levada para o Hospital das Clínicas, onde passou por cirurgia em razão dos ferimentos. Luísa afirmou que o irmão fazia tratamento psiquiátrico e tomava medicamentos para controlar o humor.
“Acredito que ele sofreu um surto, porque sempre foi uma pessoa doce e carinhosa”, declarou à Polícia Civil.
O psicanalista Cássio Barroso, que atendia Francisco havia cerca de um ano, confirmou que o paciente apresentava quadro de bipolaridade e episódios de hipomania (quadro de euforia e irritabilidade). “Pela minha experiência clínica, acredito que ele teve um surto psicótico”, afirmou em depoimento formal. O advogado da família, Lucas Bostolozzo Clemente, acompanhou todo o registro do caso. Francisco permaneceu internado na Unidade de Pronto Atendimento da Lapa, sob escolta de policiais militares, sedado e incomunicável. O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que aguarda a alta médica da mãe para ouvi-la e concluir o inquérito.

Trajetória política

O ex-deputado estadual e ex-presidente do PT em São Paulo Paulo Frateschi fez parte da fundação do partido e concorreu a cargos eletivos desde o fim da ditadura militar. Nos últimos anos, segundo petistas, Frateschi estava um pouco afastado da política partidária.Na virada do século, Frateschi foi presidente do PT paulista. Entre 1983 e 1987, foi deputado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). No ano seguinte, em 1988, ele foi candidato a vereador na capital paulista. Durante a gestão de Marta Suplicy (2001-2005), na prefeitura de São Paulo, Frateschi foi secretário de Relações Governamentais, pasta da qual também foi titular na gestão do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, em 2014.

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