Roubo milionário de cocaína acaba em 4 mortos

No intervalo de três dias, o núcleo do Primeiro Comando da Capital (PCC) chefiado por Willian Barile Agati, o Senna, foi desfalcado com um prejuízo de aproximadamente R$ 22 milhões, resultante do extravio de 770 kg de cocaína que seriam enviados à Espanha em duas viagens marítimas. Senna e seus sócios cobraram com juros o prejuízo, executando quatro pessoas, incluindo um Guarda Civil Municipal que mantinha relações comerciais corruptas com a maior facção criminosa do país.

Contêiner vazio e roubo

Em 20 de fevereiro de 2020, o grupo coordenado por Senna carregava um contêiner com 270 kg de cocaína, furtado na madrugada do mesmo dia. Três dias depois, o mesmo bando transportava 500 kg da droga para o Porto de Paranaguá, que seriam enviados à Espanha. No caminho, a carga também foi roubada por homens disfarçados de policiais federais. Os dois desfalques milionários foram informados aos parceiros de Senna na Europa, para quem o líder da célula do PCC prometeu matar todos os envolvidos. A terceira vítima não foi identificada pela PF. No entanto, com base na troca de mensagens dos criminosos, estima-se que a execução aconteceu entre 6 e 22 de maio de 2020. A série de assassinatos em retaliação ao prejuízo milionário foi finalizada com o homicídio de Cristian Roberto da Silva Bernardo, o Batata, morto com tiros na cabeça em 4 de julho do mesmo ano. A função dele, segundo a PF, era ajudar na coordenação do recebimento, depósito e transporte de cargas de cocaína. Ele também era o “braço armado” do GCM Jeferson.

Rip-on/rip-off

O método usado pela facção criminosa paulista para embarcar a cocaína em contêineres é conhecido como rip-on/rip-off, o qual consiste em transportar drogas em meio a cargas lícitas, sem o conhecimento dos outros proprietários. A estratégia foi descoberta em 4 de dezembro de 2020, quando 322 kg de cocaína foram apreendidos no meio de uma carga de cerâmica. O flagrante foi noticiado e, na manhã do mesmo dia, Senna informou sobre o prejuízo ao seu parceiro Leonardo Ordozes Toro, o Panda. Panda conta com nacionalidade colombiana e espanhola. Segundo a PF, ele se valia da dupla cidadania para negociar as cargas de cocaína desde a origem, na região do Valle del Cauca, na Colômbia, até o destino, em Valência. Para receptar e distribuir a cocaína na Espanha, Panda contava com o apoio de um criminoso identificado somente como Barby, responsável pela transportadora dos contêineres que levava as cargas até a Europa. Ambos tiveram outro grande prejuízo, cinco dias depois, com a apreensão de mais 230 kg de cocaína, embarcada em um contêiner com madeira. O volume das duas apreensões, feitas em um curto espaço de tempo, como destacado pela PF, mostra o uso constante do porto paranaense pelo PCC para escoar cocaína para a Espanha. O Porto de Paranaguá é o maior exportador de produtos agrícolas do Brasil, o maior graneleiro da América Latina e o terceiro maior porto de contêineres do país, disputado por traficantes internacionais, como destacado pela investigação. Clique aqui e veja tudo sobre o fato https://www.metropoles.com/sao-paulo/pcc-mata-4-apos-roubo-milionario-de-cocaina-mandar-pro-inferno

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