Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho, policial civil preso acusado de fazer parte do crime organizado, teria tentado fazer um depósito de R$ 1,6 milhão.
O banco impediu a movimentação e comunicou a suspeita de lavagem de dinheiro ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
A informação consta em relatório que indiciou o policial e outros 13 investigados por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) com base na delação premiada do empresário Vinícius Gritzbach, morto em novembro de 2024.
O nosso colaborador Metrópoles teve acesso às 376 páginas do relatório final das investigações, que se iniciaram a partir do trecho da delação do empresário que dizia respeito às extorsões que teria sofrido de policiais civis e um delegado, responsáveis pelas investigações que lhe atribuíram o assassinato do traficante Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta. Gritzbach morreu negando o crime e afirmou que policiais levaram relógios de luxo, se apossaram de um sítio e de dinheiro vivo em meio a uma cobrança de R$ 40 milhões.
Somente a Rogerinho, a Polícia Federal (PF) atribuiu os crimes de peculato, corrupção, associação criminosa, extorsão e lavagem de dinheiro. Trabalhando na Polícia Civil, Rogerinho ganhava um pouco mais de sete mil reais, mas tem um patrimônio milionário, é dono de um condomínio de casas no litoral sul de São Paulo, sócio de uma empreiteira, e tem fama de ostentar uma vida de luxo nas redes sociais. A PF chamou atenção para o fato de ele e sua companheira morarem em um apartamento avaliado em R$ 5 milhões.
Seu comentário é de sua inteira responsabilidade. Não reflete nossa opinião.