Uma pistola do Ibama encontrada com o traficante José Heliomar de Souza (foto em destaque) é só mais uma peça do quebra-cabeça que liga o criminoso, que tem relações com o Comando Vermelho, a agentes da segurança pública.
A coluna teve acesso a detalhes da investigação da PolÃcia Federal que mostra que o ex-servidor do órgão ambiental Nilson Tadeu Isola Lago Junior é suspeito de ter cedido o armamento para o traficante. Ele pediu vacância do cargo e não devolveu a pistola e munições ao Ibama. A PF investiga o caso e apura em que circunstâncias isso teria acontecido.
Um mercado, uma locadora de carros e uma transportadora. À primeira vista, José Heliomar de Souza, o Léo, passa a imagem de um empresário com vários negócios na cidade de Porto Velho (RO). Mas tudo isso não passa de fachada para atividade principal dele, o tráfico interestadual de drogas, de acordo com investigação da PolÃcia Federal. Ele usava os empreendimentos para lavar dinheiro.
Para o sucesso da atividade criminosa, ele contou com ajuda de quem, na verdade, deveria combater o crime organizado. O traficante Heliomar cooptou policiais rodoviários federais e policiais estaduais de Rondônia e da Bahia para realizar o transporte das drogas.
O frete chegou a ser negociado, em algumas situações, entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil por quilo de cocaÃna transportada. Heliomar conseguiu reduzir o valor cobrado pelos policiais para um preço mais barato, ao dizer para eles que transportar a droga abriria à s portas.


