Policiais da Rota, tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, teriam atuado em parceria com o Primeiro Comando da Capital (PCC) na zona leste, repassando informações sobre investigações sigilosas e frustrando operações do Ministério Público de São Paulo contra algumas das principais lideranças da facção. Caso Gritzbach
Entre elas, Silvio Luiz Ferreira, o “Cebola”, apontado como “sintonia geral do progresso” e principal suspeito de ser o mandante do assassinato de Vinícius Gritzbach, em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Antes da morte de Gritzbach, Cebola seria alvo de uma ação orquestrada pelo Gaeco, do MPSP, mas conseguiu escapar após informações repassadas por policiais do setor de inteligência da Rota. Os promotores do Gaeco foram informados pelo próprio Gritzbach, que na época já era jurado de morte pelo PCC, sobre uma reunião da cúpula da facção na casa do advogado Ahmed Hassan, conhecido como Mudi. No local, também estariam presentes outras importantes figuras ligadas ao crime organizado e a empresa de ônibus UpBus, usada para lavar dinheiro.Em posse da informação privilegiada, o Gaeco procurou o Comando de Policiamento de Choque, responsável pela Rota, pedindo que equipes fossem até a casa do advogado para prender as lideranças do PCC. No dia da reunião, os policiais informaram ao MPSP que não havia ninguém no local. Segundo um promotor do Gaeco, mais tarde descobriu-se que “estava todo mundo trabalhando para a facção”.
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