Patrimônio de mulher de delegado investigado por morte de Marielle cresceu 1.444%, diz PF

O relatório da Polícia Federal sobre as mortes da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes mostraram que Érika Andrade de Almeida Araújo, mulher do delegado Rivaldo Barbosa, então chefe da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, teve patrimônio aumentado em 1.444% no ano em que o marido assumiu a unidade. A PF afirma que passou a ser "beneficiária de considerável volume" de lucros das empresas constituídas pelo marido. A renda anual de Érika passou de R$ 32,6 mil, em 2014, para R$ 504 mil, em 2015 (veja gráfico a seguir).

Gráfico mostra patrimônio de Erika Andrade, mulher do delegado Rivaldo Barbosa

Gráfico mostra patrimônio de Erika Andrade, mulher do delegado Rivaldo Barbosa

REPRODUÇÃO/POLÍCIA FEDERAL
Os valores eram apontados como lucros de duas empresas: Mais I Consultoria Empresarial e Armis Consultoria Eireli. Os principais clientes dos empreendimentos estão relacionados com o ramo da construção civil. "Provavelmente Érika e Rivaldo tenham optado por concentrar as movimentações financeiras advindas das empresas [...] nas contas de Érika a fim de não chamar atenção dos órgãos de controle, tendo em vista as funções de destaque ocupadas por Rivaldo ao logo da carreira pública", informou a PF.
Os policiais federais responsáveis pela apuração do crime dizem que Érika não tinha qualquer qualificação para realizar as atividades das empresas, e que a maioria das transações acontecia com dinheiro em espécie. "Érika foi encontrada trabalhando em uma loja de móveis de sua irmã (da qual foi sócia por um certo tempo), aumentando os indícios de que se tratava de uma interposta pessoa, uma testa de ferro, nos empreendimentos que de fato eram administrados por Rivaldo", aponta o relatório. A conclusão das investigações mostra que Rivaldo Barbosa fez negócios com "contraventores, milicianos e [...] políticos" visando enriquecer financeira e politicamente. "Aqui se mostra a faceta mais abjeta de sua atuação. Rivaldo lucrava enquanto as organizações criminosas empilhavam corpos pela Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A criação desse ambiente pernicioso permitiu o fortalecimento de grupos criminosos, tendo em vista que a na omissão deliberada na repressão dos crimes de homicídio tem o condão de cultivar um ambiente fértil para todo o tipo de criminalidade, sendo esse crime o esgoto no qual desaguam os reflexos dos demais."

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