Veja o momento que Baptista Jr. confirma ordem de prisão de Freire Gomes a Bolsonaro

Após o término das audiências de testemunhas de acusação e defesa em ação penal que apura suposta trama golpista, o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou os vídeos dos depoimentos. Em um deles, é possível ver o momento em que o ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior confirma que o ex-comandante do Exército general Freire Gomes ameaçou prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso ele insistisse em aplicar a Garantia da Lei e Ordem (GLO) e uma “minuta do golpe” para tentar reverter uma derrota eleitoral.

Freire Gomes havia negado a declaração também em oitiva no STF, no dia 19 de maio, mas Baptista, no dia 21, voltou a dizer que a conversa aconteceu em reunião no Palácio do Planalto. O brigadeiro do ar ressaltou ao STF ter ficado desconfortável com a maneira como era colocada a possibilidade de aplicação da GLO pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele ressaltou que, em momento algum, ficou colocado que o objetivo era um golpe de Estado, mas que os comandantes “começaram a imaginar que a GLO não era para manter a paz social”.

Baptista Jr. tinha relatado à Polícia Federal o desconforto de Freire Gomes na reunião com Bolsonaro. Na primeira audiência das testemunhas de acusação do chamado núcleo 1 da trama golpista, Freire Gomes negou a voz de prisão. Baptista, então, ao STF, reafirmou o posicionamento. Ressaltou que Freire Gomes afirmou a Bolsonaro: “Se o sr. fizer isso, terei que te prender”.

Gonet perguntou: “Há no seu depoimento uma declaração sobre uma ordem de prisão de Freire Gomes para prender Bolsonaro. O sr. confirma?”. Baptista respondeu: “Confirmo, sim. O sr. general Freire Gomes é uma pessoa polida, educada, não falou essa frase com agressividade, mas colocou exatamente isso: ‘Se o sr. fizer isso, terei que te prender'”. Sobre a reunião em que houve o recado da prisão, Baptista ainda confirmou que aconteceu “em novembro, possivelmente entre os dias 1º e 14 de novembro. No salão do Alvorada, ficávamos no sofá. Eu, Paulo Sérgio, Almirante Garnier. Não me lembro de civis na reunião”.

Testemunha

Baptista Júnior prestou depoimento como testemunha de acusação convocada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para depor em ação penal que analisa suposta trama golpista do chamado núcleo 1, grupo do qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) faz parte.

Teor da reunião

Durante a reunião da apresentação da “minuta do golpe”, o ex-comandante da Aeronáutica teria questionado o ministro da Defesa se a documentação previa a “não assunção do cargo pelo novo presidente eleito?”. Oliveira teria ficado em silêncio. Com a falta de respostas, Baptista Júnior entendeu que haveria uma ordem que impediria a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dessa forma, ele se negou a sequer receber a “minuta do golpe”, reforçando que a Força Aérea do Brasil (FAB) “não admitiria tal hipótese [golpe de Estado]”. A recusa dos comandantes do Exército e da Aeronáutica em assinar a “minuta do golpe”, redigida, ajustada e “enxugada” por Bolsonaro, segundo a PF, marcou a frustração do plano.  

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