Áudios do general Mário Fernandes tornaram-se uma peça-chave para a Polícia Federal (PF) na conclusão do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, que resultou no indiciamento de 37 pessoas na última semana.
No dia 12 de dezembro foi a posse de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante a noite, manifestantes bolsonaristas promoveram um protesto violento no entorno da sede da PF, em Brasília, depois que uma liderança indígena do movimento golpista foi presa.
O general Mário comentou com entusiasmo sobre o quebra-quebra com o coronel reformado Reginal Vieira, o Velame.
“Tu viu que já começaram a radicalizar, né? A prisão do cacique ali já levou. (…). O pau tá comendo. Os distúrbios urbanos já iniciaram. Agora vai rolar sangue”, comemorou o general Mário em áudio para o amigo militar.
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Apontado pela PF como o militar mais radical entre os golpistas, Mário Fernandes desempenhou um papel ativo na conspiração, mantendo contato com diferentes fontes. Seus diálogos iam desde integrantes do alto escalão do governo Bolsonaro até militares e líderes das manifestações golpistas no QG do Exército, em Brasília.
Transcrições inéditas desses áudios, obtidas pela reportagem do Metrópoles, mostram que o general se preocupava com divisões internas nas Forças Armadas, organizava diretamente atos golpistas e até celebrava a violência em protestos. “Vai rolar sangue”, comentou sobre um protesto violento. Mário foi preso na terça-feira (19/11) na Operação Contragolpe da PF. Segundo as investigações, ele articulou um plano para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Mário foi chefe da Secretaria Geral da Presidência da República de Bolsonaro e comandante de Operações Especiais, em Goiânia (de boné na foto em destaque).






