Fala de Lula: Dólar dispara 3% e Bolsa perde os 110 mil pontos

defesa do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva da ampliação dos gastos púbicos para o pagamento de benefícios sociais ampliou o mau humor do mercado financeiro no final da manhã desta quinta-feira (10).

"Por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal nesse país? Por que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gasto, é preciso fazer superávit, é preciso fazer teto de gasto?", questionou Lula.

A declaração durante discurso na sede do governo de transição, em Brasília, fez o dólar disparar 3% e levou o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, abaixo dos 110 mil pontos pela primeira vez desde o fim de setembro. Às 12h10, a moeda norte-americana disparava 2,81%, vendida a R$ 5,328. Já a Bolsa opera em queda de 2,89%, aos 110.300 mil pontos. Na mínima do dia, às 11h45, o índice acionário marcou 109.765 mil pontos. O dólar, por sua vez, chegou a R$ 5,358 também logo após a fala de Lula. Apesar das críticas aos mecanismos de controle de gastos, Lula afirmou que pretende ter uma "política fiscal séria". O discurso acontece em meio às discussões da PEC da Transição para garantir financiamento fora do teto de gastos para promessas de campanha, como a manutenção do programa social em R$ 600 e o aumento real do salário mínimo. "Os sinais são péssimos", afirma Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos. Ele avalia que os indícios mostram que a construção da PEC de Transição está voltada para novos gastos públicos. "Por ora, não parece haver um caminho de onde virão esses recursos e qual será o caminho de ajuste de longo-prazo", lamenta. Os investidores também digerem a primeira alta da inflação oficial nos últimos quatro meses. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) subiu 0,59% em outubro, alta acima das expectativas de mercado. Para Bruno Komura, da Ouro Preto Investimentos, o mercado já estava estressado com o IPCA acima das expectativas e as sinalizações no campo fiscal na véspera, e as declarações de Lula minaram ainda mais o humor dos agentes financeiros. "O mercado está estressado e deve continuar por mais que tenha fluxo estrangeiro", avalia ele. "Esses dados de inflação um pouco mais pressionados, em conjunto com o novo governo lançando uma PEC de transição que busca furar o teto de gastos, corrobora um cenário de descontrole fiscal e de uma inflação que pode voltar a ficar mais pressionada", afirma Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital. Rafaela Vitoria, economista-chefe do Banco Inter, tem visão parecida. Para ela, a alta de outubro serve de alerta de que a inflação ainda não está totalmente controlada. "Para a política monetária ter efeito mais eficiente, é importante ser seguida de um fiscal também mais contido", escreveu ela em uma rede social.

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