DIG investiga e descobre que homem encontrado morto em linha férrea teria sido executado por vigilante

Após um ano e dois meses da morte do senhor  Ismael Gomes, de  44 anos, o qual foi  morto no dia 17-12-2019, na linha férrea no Assentamento Nova São Carlos, São Carlos-SP, a Polícia Civil investigou e nesta tarde de segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021, fez a reconstituição do fato.

Corpo na linha férrea.

Segundo boletim de ocorrência, por volta da 0:00 do dia 17-12-2019, a Polícia Militar foi acionada no local, onde havia um corpo com uma das pernas e um dos braços decepados e diversas lesões.  A vítima já estava morta. A Polícia Científica foi acionada e fez seu trabalho de praxe. Nas proximidades onde o cadáver estava foi localizado um saco de farelo de milho ( produto este que era transportado pelo trem).

O corpo foi encaminhado ao IML e o fato foi registrado como morte suspeita.

Laudo pericial:

De acordo com o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), dr. Gilberto de Aquino  foi constatado que a a vítima havia sido morta por disparo de arma de fogo.

Investigação realizada pela equipe da DIG:

Ainda de acordo com o dr. Gilberto na época dois vigilantes disseram que haviam sido comunicados pelo maquinista do suposto acidente.

Após o laudo pericial ficar pronto e apontar que a vítima havia sido morta por disparo de arma de fogo, a DIG investigou e descobriu que a vítima, juntamente com dois sobrinhos estaria praticando furto de farelo de milho, quando uma viatura composta por dois vigilantes se aproximou do local. Os sobrinhos teriam fugido, mas o tio teria sido baleado por um dos vigilantes.

Ainda de acordo com o delegado, um dos vigilantes atirou na vítima, ela caiu morta e depois foi colocada na linha férrea para que fosse simulado um suicídio.

A DIG concluiu as investigações e nesta tarde fez a reconstituição do crime. Os vigilantes participaram da reconstituição, mas negam a pratica do homicídio.   Foi encontrado no corpo da vítima  uma bala. Foi feito confronto para verificar se a bala saiu das armas dos vigilantes, mas deu negativo.   Foi constatado que a vítima morreu de  hemorragia interna traumática e anemia aguda produzidas por disparo de arma de fogo.

Os vigilantes negam as acusações, mas o delegado foi categórico em entrevista ao nosso repórter Valdir Penteado, que a vítima foi executada.