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Câncer de pele

O que é câncer de pele?
Câncer de pele é um tumor que atinge a pele, sendo o
câncer mais frequente no Brasil e no mundo. É mais
comum em pessoas com mais de 40 anos e é considerado
raro em crianças e pessoas negras. Causado
principalmente pela exposição excessiva ao sol.

Tipos de câncer de pele?
O cancêr de pele ocorre quando as células se multiplicam
sem controle e pode ser classificado de duas formas:

câncer de pele melanoma: tem origem nas células
produtoras da melanina, substância que determina a cor da
pele, e é mais frequente em adultos brancos;

câncer de pele não melanoma: mais frequente no Brasil,
responsável por 30% de todos os casos de tumores
malignos registrados no País.

Procure sempre um médico especializado se perceber
qualquer sintoma.

Sobre o câncer de pele melanoma
O câncer de pele melanoma pode aparecer em qualquer
parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas,
pintas ou sinais. Em pessoas de pele negra, ele é mais
comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas
dos pés.

Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e
corresponda a cerca de 30% de todos os tumores malignos
registrados no país, o melanoma representa apenas 3% das
neoplasias malignas do órgão.

É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de
provocar metástase (disseminação do câncer para outros
órgãos). O prognóstico desse tipo de câncer pode ser
considerado bom se detectado em sua fase inicial.

Nos últimos anos, houve grande melhora na sobrevida dos
pacientes com melanoma, principalmente devido à
detecção precoce do tumor e à introdução dos novos
medicamentos imunoterápicos.

Estimativa de novos casos de câncer de pele melanoma no
Brasil: 6.260, sendo 2.920 homens e 3.340 mulheres (2018
– INCA).

Número de mortes por câncer de pele melanoma no Brasil:
1.794, sendo 1.012 homens e 782 mulheres (2015 – SIM)

Câncer de pele não melanoma
O câncer de pele não melanoma, mais comum no Brasil,
tem alta chance de cura, desde que seja detectado e tratado
precocemente. Entre os tumores de pele, o não melanoma
é o mais frequente e de menor mortalidade, mas pode
deixar mutilações bastante expressivas se não for tratado
adequadamente.

O câncer de pele não melanoma apresenta tumores de
diferentes tipos. Os mais frequentes são:

o carcinoma basocelular, o mais comum e também o
menos agressivo: se caracteriza por uma lesão (ferida ou
nódulo), e apresenta evolução lenta;

carcinoma epidermoide: também surge por meio de uma
ferida ou sobre uma cicatriz, principalmente aquelas
decorrentes de queimadura. A maior gravidade do
carcinoma epidermoide se deve à possibilidade de
apresentar metástase (espalhar-se para outros órgãos).

Ambos os tipos são tratados, de forma integral e gratuita,
por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Estimativa de novos casos de câncer de pele não
melanoma no Brasil: 165.580, sendo 85.170 homens e
80.140 mulheres (2018 – INCA).

Número de mortes por câncer de pele não melanoma no
Brasil: 1.958, sendo 1.137 homens e 821 mulheres (2015 –
SIM).

Deve-se suspeitar de qualquer mudança persistente na
pele. Ao identificar lesões suspeitas, um especialista deve
ser procurado para confirmação do diagnóstico e
tratamento. Quanto mais precoce for sua identificação,
melhores serão os resultados do tratamento.

Quais são os fatores de risco do câncer de pele?
Qualquer pessoa pode desenvolver o câncer de pele, mas
aquelas com pele muito clara, albinas, com vitiligo ou em
tratamento com imunossupressores, são mais sensíveis ao
sol. O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais
de 40 anos.

É considerado raro em crianças e pessoas negras, exceto
pessoas com essas características que tenham algum outro
tipo de problema cutâneo.

Apesar desse índice, a média da idade vem diminuindo
com o passar dos anos, tendo em vista que pessoas jovens
têm se exposto constantemente aos raios solares.

Os principais fatores de risco para o câncer de pele não
melanoma são:

pessoas de pele clara, olhos claros, albinos ou sensíveis à
ação dos raios solares;

pessoas com história pessoal ou familiar deste câncer;

pessoas com doenças cutâneas préviPessoaas;

pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol;

exposição prolongada e repetida ao sol;

exposição a câmeras de bronzeamento artificial.
IMPORTANTE: O sol é bom para a saúde, mas em
excesso pode provocar envelhecimento precoce, lesões
nos olhos e câncer de pele.

Como identificar o câncer de pele?
Os principais sintomas do câncer de pele são:

Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que
sangram.

Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor.

Feridas que não cicatrizam em 4 semanas.

O câncer de pele ocorre principalmente nas áreas do corpo
que são mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e
orelhas. Se não tratado adequadamente, pode destruir
essas estruturas.

Assim que perceber qualquer sintoma ou sinal, procure o
mais rapidamente o profissional de saúde especialista para
confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

Como é feito o diagnóstico do câncer de pele?
O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo
dermatologista por meio de exame clínico. Em
determinadas situações, é possível que o profissional de
saúde utilize o exame conhecido como "Dermatoscopia",
que consiste em usar um aparelho que permite visualizar
camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais
específicas ainda é necessário fazer a biópsia.

A biópsia é o exame indicado para a confirmação
diagnóstica do câncer de pele. O material coletado deve
ser encaminhado para o laboratório de anatomia
patológica que emitirá o laudo. Outros exames podem ser
necessários para determinar o estadiamento da doença e
decidir o tratamento mais adequado.

Por esses exames é possível identificar se o câncer de pele
é melanoma ou não melanoma e seus tipos.

Como detectar precocemente o câncer de pele?
Para a detecção precoce do câncer de pele, existem as
estratégias de diagnóstico precoce e de rastreamento,
consistindo este último na aplicação de exames em
indivíduos saudáveis, sem sinais ou sintomas da doença,
com o objetivo de detectar a doença em fase pré-clínica.

Para o câncer de pele não melanoma, sua identificação em
fase bem inicial ou ainda de lesões pré-malignas
possibilita melhores resultados em seu tratamento, com
maiores chances de cura e menores sequelas cirúrgicas.

IMPORTANTE: Atualmente, não há consenso quanto ao
rastreamento populacional para o câncer de pele, sendo
que as evidências mundiais são insuficientes para sua
recomendação. A Força Tarefa Americana, apesar de não
recomendar o rastreamento, sugeriu em 2009 que médicos
clínicos devem estar alertas para lesões de pele com
características malignas durante exames físicos para outros
fins e encaminhá-los para biópsia.
Para pessoas com alto risco para melanoma, como as que
têm história pessoal ou familiar desse câncer, é indicado
que sejam periodicamente examinadas por um médico.
Apesar de não haver evidências de redução da
morbimortalidade pelo uso de uma técnica específica de
autoexame de pele, estudos indicam que grande parte dos
melanomas é descoberta acidentalmente pelos próprios
pacientes ou seus familiares, mostrando a importância de
conhecerem sua pele e estarem atentos a algumas
mudanças.

A sensibilização de pessoas de maior risco possibilita que,
com a identificação de lesões suspeitas, o diagnóstico
desse câncer possa ser realizado precocemente por um
médico. Com esse fim, várias sociedades de especialistas
como a Sociedade Brasileira de Dermatologia e a
American Cancer Society defendem a regra do ABCDE,
um guia para a identificação de sinais sugestivos do
melanoma.

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer
(IARC/OMS), entretanto, em uma publicação de 2006,
chamou a atenção para as limitações dessa regra quando
aplicada em lesões pequenas, pois pequenos melanomas
podem não apresentar características tão claras.

Na identificação dos cânceres de pele basocelulares e
espinocelulares, seriam buscadas, nas regiões do corpo
mais expostas ao sol, manchas que coçam, ardem,
descamam ou sangram e feridas que custam a cicatrizar.

Como tratar o câncer de pele?
A cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para
tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em
estágios iniciais, pode ser realizada em nível ambulatorial
(sem internação). Já para casos mais avançados e para o
câncer de pele melanoma, o tratamento vai variar de
acordo com tamanho e estadiamento do tumor, podendo
ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a
quimioterapia, conforme cada caso.

Além disso, existe também a terapia fotodinâmica (uso de
um creme fotossensível e posterior aplicação de uma fonte

de luz), que é mais uma opção de tratamento para a
ceratose actínica (lesão precursora do câncer de pele),
carcinoma basocelular superficial e carcinoma
epidermoide "in situ" (Doença de Bowen). A criocirurgia e
a imunoterapia tópica são também opções para o
tratamento desses cânceres. No entanto, exigem indicação
precisa feita por um especialista experiente.

Quando há metástase (o câncer já se espalhou para outros
órgãos), o melanoma, hoje, é tratado com novos
medicamentos, que apresentam altas taxas de sucesso
terapêutico. A estratégia de tratamento para a doença
avançada deve ter como objetivo postergar a evolução da
doença, oferecendo chance de sobrevida mais longa aos
pacientes.

Como prevenir o câncer de pele?
A principal recomendação para a prevenção do câncer de
pele é evitar a exposição ao sol, principalmente nos
horários em que os raios solares são mais intensos (entre
10h e 16h), bem como utilizar óculos de sol com proteção
UV, roupas que protegem o corpo, chapéus de abas largas,
sombrinhas e guarda-sol.

Atualmente, estão disponíveis no mercado roupas e
acessórios com proteção UV, que dão maior proteção
contra os raios solares. Em caso de exposição solar
necessária, principalmente em torno do meio-dia,
recomenda-se a procura por áreas cobertas que forneçam
sombra, como embaixo de árvores, marquises e toldos,
com o objetivo de minimizar os efeitos da radiação solar.

O uso de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15
ou mais é fundamental, principalmente quando a
exposição ao sol é inevitável. O filtro solar deve ser
aplicado corretamente, uma vez que o real fator de
proteção desses produtos varia com a espessura da camada
de creme aplicada, a frequência da aplicação, a
perspiração e a exposição à água. De mesmo modo, deve
ser utilizado também o protetor labial.

Recomendações especiais devem ser direcionadas aos
bebês e às crianças, por ser, a infância, o período da vida
mais suscetível aos efeitos danosos da radiação UV que se
manifestam mais tardiamente na fase adulta.

Flavia Guerreiro Rui
CRF 45105

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